sábado, 14 de agosto de 2010

Comissão do novo código de Processo Civil já tem relator, aliás do Mato Grosso do Sul

O senador Valter Pereira (PMDB-MS) foi escolhido hoje para relatar o projeto do novo Código de Processo Civil (CPC) na Comissão Especial encarregada de tratar do assunto no Senado. O ponto de partida do trabalho dos senadores será o anteprojeto elaborado por uma comissão de juristas presidida pelo ministro Luiz Fux, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que realizou audiências públicas em várias capitais do País.

"A partir de agora, quero ouvir todos os representantes da advocacia, Defensoria Pública, Ministério Público, juízes, servidores do Poder Judiciário, bem como lideranças da sociedade civil, para colher subsídios e sugestões que eliminem as três principais causas da morosidade da Justiça: o formalismo dos processos, o excesso de recursos aos tribunais e a litigiosidade", afirmou Pereira.

Segundo o senador, a reforma do CPC busca também simplificar o processo civil, eliminando os recursos que muitas vezes retardam a aplicação da Justiça. A Comissão Especial do Código Civil no Senado tem prazo até o próximo dia 27 para receber emendas ao projeto. Pelo cronograma de atividades da comissão, os relatórios parciais deverão ser apresentados no período de 30 de agosto a 13 de setembro.

O relator-geral deve apresentar seu trabalho entre os dias 4 e 20 de setembro, e o parecer final deve ficar pronto na semana de 21 a 27 de setembro. Entre as principais mudanças sugeridas pela comissão de juristas está a criação de um mecanismo para permitir que as ações sobre a mesma questão jurídica sejam julgadas em bloco, diminuindo os recursos possíveis e eliminando as formalidades do processo civil.

Essas alterações, de acordo o ministro Luiz Fux, reduzirão em 70% o tempo de tramitação das ações que tratarem de temas repetitivos e em 50% a duração de outras causas. Participam da Comissão Especial os senadores Demóstenes Torres (DEM-GO), Antonio Carlos Junior (DEM-BA), Marconi Perillo (PSDB-GO), Papaléo Paes (PSDB-AP), Renan Calheiros (PMDB-AL), Almeida Lima (PMDB-SE), Valter Pereira (PMDB-MS), Romeu Tuma (PTB-SP) e Acir Gurgacz (PDT-RO).

Evento discutirá novo Código de Processo de Civil

No próximo dia 18, o Instituto dos Advogados de São Paulo (IASP) promove uma mesa redonda sobre o projeto do novo Código de Processo Civil. O projeto, que será votado pelo Senado ainda em 2010, pretende acelerar a Justiça, tornando-a mais ágil e eficaz.

Com quase 40 anos de existência, o atual código permite uma série de ações e recursos, além de possuir formalidades que geram grande morosidade na Justiça brasileira.

Farão parte da mesa redonda o Dr. José Roberto dos Santos Bedaque, desembargador do TJSP, professor titular de Processo Civil da USP e membro da Comissão de Juristas responsável pela elaboração do anteprojeto; Dr. Cassio Scarpinella Bueno, professor nos cursos de mestrado e doutorado da PUCSP, e Dr. João Batista Lopes, desembargador aposentando do TJSP e professor da PUCSP. O advogado Hélio Rubens Batista Ribeiro Costa, do escritório Porto Advogados e diretor secretário do IASP, será o coordenador do debate.

O evento ocorrerá às 19 horas, na sede da IASP, na rua Líbero Badaró, 377, 26º andar, no centro da capital.

As diferentes versões de uma notícia

Os menos informados podem pensar que são notícias sobre companhias diferentes, ou mesmo que um dos veículos errou ao dar a notícia sobre a Petrobras, que anunciou seu resultado no segundo trimestre, com lucro de R$ 8,295 bilhões, incremento de 7% em relação ao primeiro trimestre de 2010 (R$ 7,726 bi). Enquanto a agência Reuters informou “Lucro da Petrobras no 2o trimestre fica acima do esperado”, relatando que o bom desempenho da economia brasileira elevou as vendas no mercado local e impulsionou os ganhos da petroleira, advinhem qual é o título que a Folha de S. Paulo deu para a mesma notícia, em chamada de primeira página do jornal?

“Petrobras tem o 2º pior resultado entre petrolíferas”. É isso mesmo. Para não dar crédito ao bom desempenho da economia brasileira, a Folha noticiou o resultado trimestral da estatal informando (ou seria desinformando a melhor definição?) que a “Petrobras foi a que menos lucrou no segundo trimestre, com exceção da BP, que teve prejuízo devido ao vazamento no golfo do México”.

Nossa estatal teve receita líquida de R$ 53,6 bilhões no segundo trimestre, um acréscimo de 6% na comparação com o resultado do primeiro trimestre de 2010. No semestre, foi de R$ 104 bilhões, 19% a mais do que os R$ 87,2 bilhões do primeiro semestre de 2009. Os investimentos da Petrobras nos seis primeiros meses de 2010 totalizaram R$ 38,1 bilhões, 17% a mais do que o registrado em igual período de 2009. Será que esses números incomodam a mídia brasileira?

Empresas devem pagar CSLL sobre exportações

A Fazenda Nacional venceu duas importantes disputas tributárias contra as empresas exportadoras no Supremo Tribunal Federal (STF). Os ministros decidiram ontem, por seis votos a cinco, que não é possível excluir as receitas obtidas com exportações da base de cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). A disputa, avaliada no julgamento do leading case envolvendo a empresa Incasa e a União, foi definida com o voto de desempate do ministro Joaquim Barbosa, cujo entendimento foi favorável ao Fisco. Os contribuintes também saíram derrotados no julgamento de uma tese similar, pela qual se questionava a incidência da CPMF - extinta em 2007 - nas movimentações financeiras das empresas relacionadas às operações de exportação.

A decisão do Supremo libera a Fazenda Nacional de desembolsar R$ 40 bilhões. Esse é o montante estimado pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), caso tivesse que devolver aos contribuintes o valor cobrado da CSLL sobre o lucro das exportações dos últimos dez anos. Na maioria dos processos, as empresas pedem a devolução do tributo recolhido nesse período, cuja alíquota de 9% incide sobre o lucro líquido. Diversos contribuintes obtiveram liminares nos últimos anos, inclusive no Supremo, para deixar de recolher a contribuição. De acordo com o procurador da Fazenda, Luis Carlos Martins Alves, se a decisão fosse desfavorável ao Fisco, o impacto seria de R$ 8 bilhões a menos por ano no orçamento da Seguridade Social.

A decisão do Supremo afeta milhares de julgamentos que tiveram o andamento suspenso. A controvérsia teve início em 2001, com a edição da Emenda Constitucional nº 33, que proíbe a cobrança das contribuições sociais sobre exportações, o que tem sido aplicado, desde então, ao PIS e à Cofins. Os contribuintes defendem que a desoneração deveria abarcar também a CSLL, enquanto o Fisco aplicava a interpretação restritiva da emenda, relativa somente ao PIS e à Cofins.

Os ministros do Supremo estavam divididos. De um lado, o ministro Marco Aurélio, relator do recurso na Corte, julgou de forma favorável à União, com o argumento de que entender pela imunidade do lucro da exportação seria elastecer um benefício previsto na Constituição Federal, e haveria dificuldades para os exportadores que também atuam no mercado interno demonstrarem ao Fisco as duas contabilidades. O voto do ministro foi acompanhado pelos ministros Carlos Britto, Ricardo Lewandovski, Ellen Gracie e por Menezes Direito - que morreu no ano passado.

Na outra corrente, o ministro Gilmar Mendes foi a favor da tese dos contribuintes, ao defender a extensão da imunidade à CSLL. Para ele, lucro e receita são conceitos dependentes um do outro, pois o lucro seria nada mais do que a receita depurada. O voto do ministro foi seguido pela ministra Cármen Lúcia e pelos ministros Cezar Peluso e Celso de Mello, além do ministro Eros Grau, agora aposentado.

O desempate ocorreu ontem, por breve voto do ministro Joaquim Barbosa, que interrompeu sua licença médica para compor o plenário. O ministro decidiu que a extensão da imunidade tributária à CSLL não pode ser concedida de forma automática. No entanto, o ministro entendeu ser possível estendê-la por meio de uma lei. "Apenas o Poder Legislativo tem legitimidade para precisar se a imunidade abrange ou não o lucro", disse Joaquim Barbosa.

Na opinião da advogada Luciana Terrinha, do escritório Barbosa, Mussnich & Aragão (BMA), o voto de desempate do ministro foi surpreendente porque no Supremo existe a tendência a não se limitar as imunidades concedidas constitucionalmente. "Com esse resultado, as empresas podem optar por desistir das ações que já estão em curso. As liminares que suspenderam a exigibilidade da CSLL devem cair no Poder Judiciário", afirmou a advogada.

A Corte julgou também outros dois processos que tratavam da imunidade da CPMF relativa às movimentações financeiras na atividade exportadora. Nesse caso, a tese também está baseada na interpretação mais ampla da imunidade concedida pela Emenda Constitucional nº 33. Por seis votos a dois, os ministros entenderam ser indevida a devolução dos valores recolhidos a título de CPMF até 2007.

O ministro Marco Aurélio justificou o seu voto aparentemente contraditório. Ele foi favorável ao Fisco no caso da CSLL. Mas também acolheu a tese dos contribuintes no processo sobre a CPMF nas exportações. "Se a Constituição Federal determina a imunidade sobre a receita de exportação, a CPMF incidente nas movimentações desta mesma receita também estão isentas", disse.

Fonte: http://www.valor.com.br/ (comprem esse ótimo jornal, ótima fonte de pesquisa)

Resposta dada ao jornalista Reinaldo Azevedo, em seu blog do site da Revista Veja

Reinaldo, Boa Tarde!

Sou professor no curso de direito e também advogado (fiz essa referência profissional, só para que saiba que não se trata de um sem terra ou idiota qualquer), vamos ao que interessa.

Estudei na UBC - Mogi das Cruzes (campus de direito e jornalismo). Lá aprendi que o jornalista não tem time de futebol, partido político e etc. No entanto, caso seu amor seja tão grande que não possa esconder, deve declará-lo sob pena de desonestidade, pois seu comentário estará viciado, levando seus leitores menos desatentos a caminhos que nem sempre são as verdades dos fatos.

Assisti sua entrevista na Globo News e a linda da apresentadora (Mônica Waldvogel, ao lado) , em um determinado momento te cortou dando entender "que você estaria fazendo um propaganda em favor do Serra".

Sabemos que do seu ódio com o PT, ódio tão grande que não o faz ver os mesmos erros e desacertos do PSDB (MENSALÃO DA RELEIÇÃO, MENSALÃO MINEIRO, MENSALÃO GAÚCHO, etc).

Na verdade o sistema político é horrível e qualquer um que ali chegar irá fazer as mesmas coisas, já que o presidente por melhor as suas intenções, grandes projetos e reformas devem ser aprovados por uma maioria nem sempre ética, honesta e fiel ao comprisso assumido durante as eleições.

SÓ SEJA HONESTO, declare seu voto ao SERRA, pois seus comentários são sempres negativos ao outro lado, mesmo com inúmeros dados positivos nos últimos 08 (oito) anos.

Você é um profissional de uma grande empresa, mas não se utilize das palavras para disfarçar sua parciliadade devidamente comprovada em seus textos e comentários.

Ressalto que precisamos de "HOMENS" no jornalismo e esse teu papel de vítima na maior revista do país e talvez da américa, não cai nada bem, não é verdade.

Se tu és tão invesgativo, detone o PT com todas as dúvidas que vc tem e deseja, mas também pergunte ao PSDB do "buraco do metrô; rouboanel; zépedágio; metrô (média de 1,4 km a cada ano nos últimos 16 do tucanato;corrupção da ALSTOM". ( http://www.conversaafiada.com.br/brasil/2010/08/14/metro-e-outra-mentira-do-serra-ele-faz-um-km-por-ano/ )

VIVA A IMPRENSSA LIVRE!!!

Obs: Meu candidato a presidência seria o CIRO GOMES, uma pena o mesmo não participar.